sábado, 7 de fevereiro de 2009

:: Ninguém pára para pensar ::

Todos nós cansamos da mesmice. São sempre os mesmos e, a cada quatro anos, nossas expectativas por dias melhores se perdem por caminhos distantes, sem futuro, sem esperanças. Caminhamos sem caminho e nem ao menos construímos um caminho durante a caminhada como dizia o poeta espanhol Antonio Machado: “Caminante, no hay camino. Se hace el camino al andar.”


A iniciativa de um grupo de viamonenses em criar este espaço pluripartidário é louvável. Em especial, porque vem preencher uma lacuna, uma ausência de pensamento crítico e profundo no nosso meio político. E também porque a convicção do futuro incerto, que assusta a todos nós, pode ser revertida.

Isso acontecerá desde que haja uma enérgica convicção de que Um Novo Rumo é possível. A verdadeira luta está apenas começando e inicia pela oxigenação das estruturas partidárias. Caso contrário, a estrada não terá volta e continuaremos sem descobrir um caminho e uma nova direção, semeando esperanças vãs e colhendo desilusões.


Sou parceiro nessa caminhada.
Claro Mota


Um Novo Rumo
Elis Regina
Composição: Artur Verocal/Geraldo Flach

Vou caminhando sem caminho
Em cada passo vou levando meu cansaço.
O que me espera uma terra, um desencontro
A cidade, a claridade.
E essa estrada não tem volta
Lá se solta o fim do mundo
Um fim incerto que me assusta
Longe ou perto se prepara
Ninguém pára para pensar
Para olhar a dor que chora a morte
De um valente lutador.
Quem foi já não sou.
Vou chegando à encruzilhada
Descobrir um caminho e uma nova direção
Onde eu piso vou deixando o que não sou,
(Vou para a luta, eu vou)
Não paro não, vou para a luta, agora eu vou
Não paro não
Tem tanta gente que se vai
À imensidao do seu querer
Querendo vida sem a morte
Ser mais forte sem sofrer
E ter certeza sem buscar
Ganhar o amigo sem se dar
Sem semear colher o amor
O amor ferido pela guerra
Quem na terra desconhece
Aparece sem valor
Levo o meu braço qual alguém
Que já caiu mas levantou
Quem foi já não sou.
Vou chegando à encruzilhada
Descobrir um caminho e uma nova direção
Onde eu piso vou deixando o que não sou,
(Vou para a luta, eu vou)
Não paro não, vou para a luta, agora eu vou
Não paro não
Onde eu piso vou deixando o que não sou,
(Vou para a luta, eu vou)
Não paro não, vou para a luta, agora eu vou
Não paro não
Não paro não
Não paro não.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olha!! Gostei do texto, sou fã dos textos de Antonio Machado.

É isso ai, da-lhe Viamão. Um Novo Rumo é possível.

Anônimo disse...

Até que enfim Viamão assume uma posição em relação aos PeTralhas, boa sorte pra vocês, aqui em POA nós botamos eles para correr.

Carlos Souza.